quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dissertação

Pois é, sei que tenho que entregar uma dessas dia 14 de junho! O que eu não sei é ter vontade, interesse, disciplina, concentração, determinação e o que mais for preciso para cumprí-la, perdi nesse caminho meio desacreditada... faltando menos de 2 meses, provavelmente inadiáveis, de prazo, ainda não tive vontade de continuá-la, sim escrevi, mas não gosto do tema, não quero ler sobre, menos ainda escrever mais seguer uma linha... ah Dona Helena, foi você quem escolheu o tema, o mestrado, o direito!
É, admito a culpa, e se eu escolhi tenho direito de jogar pro alto já que está travando a vida, a consciência, pesando a alma... há que se ter muita coragem também para "chutar o balde", essa coragem não sei se terei...
Mais uma vez sou eu contra mim mesma rs, realmente minha maior inimiga mora em mim, isso eu já descobri, só falta agora saber como firmo um acordo de Paz, ou pelo menos uma tregua! rs

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Confusão mental? parte II

Um bom tempo que não escrevo nada... nada mesmo! Nem no blog nem em lugar nenhum... isso é uma confissão triste!
Estou num momento aparentemente legal, uma fase boa em alguns aspectos. Estou de bem comigo, gostando de alguém, saindo com os amigos e a família tá tranquila também. Tenho na verdade que agradecer muito isso tudo...
Mas mesmo assim, eu continuo sendo a maior contradição para mim mesma, rs eu sou normal e sou completamente maluca, tenho muitos princípios morais e regras complexas que me auto imponho!Ao mesmo tempo transgrido outras descaradamente e com a consciência leve de criança!
Posso passar a noite na rua bebendo vinho barato e no outro dia ir pra uma boate e tomar mínimas doses de vodka por 10 reais cada... acreditem, as melhores noites são na rua, no sereno, sem grana e em boa companhia!
Sou simples, largada e ando de tênis pra todo lado e também sou paty, perua, que usa salto e make eveeerrrr!!! hahahaha como isso é possível?
Sabe aquelas meninas certinhas, nerds e tímidas? Então, sou assim! Sabe aquelas piriguetes, fatais, cabelão, montadas, putonas mesmo? Então, sou eu também!!!
Não consigo me decidir sobre quase nada na minha vida, atraio a atenção de homens de todos os jeitos, idades e condições... sou amiga de pessoas eruditas, intelectuais, analfabetos funcionais, advogados, hippies, nerds, plays... tudo!!! E não sou amiga de nenhum deles, enjoo de todos sempre, preciso estar sozinha o tempo todo, mas sinto falta das pessoas!Amo e odeio todos os tipos de música, isso depende completamente do nível etílico no meu sangue... rs
Sei tudo sobre tudo e não sei nada sobre um assunto banal! Sou a pessoa mais insegura sobre mim mesma e mais confiante de todas! Simples e arrogante, marmota e elegante, feia e linda...
Eu me perco em tudo, tudo mesmo, só me encontro nos meus sentimentos. Estes não dependem de nada, não dependem de reciprocidade, nem de amor próprio ou orgulho, condição social ou aparência física, nada, nada mesmo! Eu sou movida por esses sentimentos, acho que por isso, sou essa contradição toda e dou com a cara na porta quase sempre...
Mas sabe se sentir viva sempre? Ser intensa em tudo? Sou eu!!! Isso mesmo!
Agora neste exato momento eu gosto de uma pessoa, gosto de mim, dos meus amigos e gosto da minha família (isso inclui meus cachorros). Esse gostar de uma pessoa meu, sufoca, tou tentando pegar leve, mas mesmo assim sou intensa demais, tenho medo de assustar... há um pouco mais de 1 semana essa pessoa nem representava nada, agora penso nele algumas milhões de vezes por dia! Não previa nada dele, nem personalidade, nem aparência e nem ele ser durango como eu... rs e isso é tãoooo bom! Posso ser a maior pateta do mundo por escrever e dar a cara assim tão fácil, mas isso me faz tão bem ao mesmo tempo que me destroi completamente.
É, essa sou eu...

terça-feira, 5 de maio de 2009

A Minha Verdade


No início de abril escrevi sobre minha revolta quanto a demora das notas dos relatórios do mestrado, coloquei toda minha emoção lá. Alguns amigos elogiaram e até indentificaram-se com o que escrevi. Foi um texto passional como eu, mas com muita verdade, pois minha cólera não chegou a cegar-me...rs
Mas ali canalizei toda a frustração e indignação com a demora em cima da academia e com certeza não arrependo-me de uma só palavra. Entretanto, esqueci-me que não só a academia é hipócrita e arrogante, somos todos afinal!
Bem malta, PASSEI!!! E hoje fiz o que não fazia desde de 30 de setembro de 2008, li meus relatórios. Não o fiz mais vezes durante este tempo, pois tinha medo de encontrar ali fundamento para uma reprovação e acabar por torturar-me ainda mais. Após ler pensei: "provavelmente só duas pessoas leram isso, digo provavelmente, pois sabe-se lá como o professor auferiu nota...rs". Este pensamento trouxe a tona algo que já havia ocupado minha mente: qual a utilidade destes relatórios se mais ninguém vai lê-los?
Alguns podem pensar que isto só dependa de mim a autora dos mesmos..., mas caso os publique os prováveis leitores serão alguns estudantes de graduação que por acaso escolham algum dos meus temas para suas monografias, eles vão simplismente fazer trabalhinho de colagem com eles...
Nem minha mãe leu meus relatórios! hahahahahaha e olha que ela é advogada e supostamente interessa-se por ciências jurídicas...rs
Depois de ler os 3 três relatórios pude ponderar e perceber que estão bons! hahaha deveria tê-los lido antes, poderia ter acalmado-me... tststs, aprendi mais essa! Ao ler o relatório que fiz com mais empenho, pois o tema realmente interessava-me, vi na conclusão do mesmo um trecho* que comprovou que nada foi em vão, mestrado, trabalho, Portugal..., neste trecho uso um debate da aula para justificar minha conclusão, e ali vi a minha verdade, finalmente a encontrei!
Sei que ainda vou questionar minha capacidade por muitas e muitas vezes em minha vida, pois se até os gênios o fazem. Mas a partir de agora vou fazê-lo com autoridade de quem sabe do que está falando, pois agora sei o que posso fazer, conheço um pouco mais sobre meus limites. E o melhor, não foi a aprovação dos professores que trouxe este conhecimento, fiquei aliviada quando vi o resultado, mas só agora ao reler meus relatórios tive certeza de que a minha própria aprovação é o mais importante! Depois que venha a dos outros, muito depois!


*Durante as aulas da disciplina de História das Relações Internacionais, os debates muitas vezes corriam em torno desta temática e de como a conjuntura internacional atual, já se formava nos primórdios das relações internacionais. Falamos também da temática da memória e do esquecimento, que faz com que supervalorizemos alguns fatos históricos, e esqueçamos outros que podem ter sido marcos para o que há hoje. E esta pode ser a maior crítica que podemos fazer a obra de Huntington, o esquecimento. Pois ao estabelecer as civilizações da forma que estabeleceu, esqueceu-se do passado, da possível origem de nossas sociedades, uma origem una, sem divisões por religião, cultura ou raças. Pois, ao mesmo tempo que temos que respeitar todas estas diferenças, é preciso lembrarmo-nos das nossas semelhanças e no que somos iguais. (SÁ, Helena. Análise da Teoria do Choque das Civilizações elaborada por Samuel P. Huntington. Lisboa, 2008.)

sábado, 4 de abril de 2009

Lições


Tenho me cobrado escrever, mas a demora nas notas dos relatórios do Mestrado me deixam tensa, mais do que eu já estava! Entreguei esses benditos relatórios em 30 de setembro de 2008, o suposto prazo para divulgação das notas era 31 de dezembro de 2008. Entretanto, este prazo nunca é respeitado, é uma tradição da Universidade de Lisboa entregar essas notas até 3 meses após o prazo estipulado. Isto é claro, é um precedente de via única, ou seja, coitado do mestrando que tentar entregar seus relatórios depois de 30 de setembro...rs

Mas já se passaram os 3 meses! A tradição foi quebrada! E o pior: um novo precedente foi aberto! Estamos em abril e as notas nada!

Acredito que esta espera seja mais angustiante ainda para mim, pois tenho a consciência pesada. Sei que não me doei o tanto que propus quando fui para o mestrado. Tive que trabalhar em fulltime para poder estar lá... e fiz isso sabendo que trabalhar não era bem visto e nem tampouco recomendado pela coordenação do mestrado e seus professores. Aliás, são poucos os mestrandos estrangeiros que trabalham, a maioria vai com um bom "paitrocínio" ou são funcionários públicos que em licença remunerada partem para este "turismo acadêmico". Cosidero essa dedicação exclusiva interessante, mas sou totalmente contra a esta forma ser "obrigatória", esta obrigação acaba se impondo, pois os horários das aulas e algumas exigências do curso assim o tornam. Porém, a exigência maior que por mim não fora cumprida foi a de "bajular" professores, passar o dia na faculdade articulando, politicando, fofocando... rs

Confesso que após um dia de aulas pela manhã e trabalho de 12:00 ás 21:00, chegava em casa sem vontade de mais nada além de um banho quente e cama! Confesso também que só iniciei meus relatórios faltando apenas 2 meses para o prazo de entrega e durante este período tive que me mudar as pressas de apartamento por problemas com as pessoas que o dividiam comigo...

Este post pode parecer uma forma de justificar futuras médias baixas quando dos resultados de data incerta para sair. Mas já estou bem crescidinha para não assumir minhas responsabilidades. Sabia as regras do jogo, sabia que não seria justo, sabia também que estava como sempre estive por minha conta... se fui ingênua ou fraca ao tentar ir contra ao pré-estabelecido veremos...

São muitas as questões a serem respondidas, mas também são muitas as minhas certezas quanto a mim, as coisas em que acredito e as lições que vou levar disto tudo:

*Independente do resultado valeu a pena cada escolha que fiz;

*O meu mestrado e de alguns amigos, mesmo que não concluídos tem mais valor que o dos outros, e não há argumento que mude minha opinião;

*Mesmo que não traga este diploma digo com toda a firmeza que estou apta e com 20 valores, não só em Ciências Jurídico-internacionais, mas em caráter para saber aplicar meus conhecimentos;

*Não devo me arrepender destas escolhas que fiz, devo como bom jurista embasar minhas escolhas e a partir delas fazer meu caminho;

*O "clubinho" acadêmico é fechado, arrogante, preconceituoso, pretencioso, podador, hipócrita, arcaico e totalmente alienado. E pior ainda se isso tudo for em Portugal, mais específicamente na Universidade "Clássica" de Lisboa;

*Fernando Pessoa não foi tudo o que ainda é por ter estudado lá;

*Por último, não me deixar intimidar por toda esta pompa nunca mais!

Bem, por enquanto é isto, mas se acaso lembrar-me de mais algum tópico volto e acrescento, em caso de dúvidas pertinentes e ou comentários também nesta qualidade a professora está disponível! hahaha

Até a próxima aula...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

De volta ao mesmo, mas melhor!


O bom filho... de volta ao lar... voltando ao início...

Agora que estou aonde sempre estive tudo parece ilusão. Ainda bem que escrevi algumas passagens aqui, pois caso contrário teria que contar com o testemunho de alguns e com minhas lembranças. Estas são mais lidas do que ouvidas... acho que as pessoas acreditam e interessam-se mais pelo que escrevo... rs, deve ser chato ouvir-me, é uma conclusão que tiro...

Mas hoje quero falar desses 1 ano e 2 meses, mais ou menos, que estive fora, parece mesmo que estive fora da minha vida, assistindo, ou melhor, vivendo uma vida paralela, pois voltei e tudo parece estar no mesmo lugar, mesmo as coisas ou pessoas que pareciam ao longe transformarem-se, na verdade estão ali do jeitinho que eu deixei rs...

É terrivelmente insano o que se passa ao vivermos longe dos nossos, pois nós mudamos, convivemos com outras pessoas, com outras experiências, outra realidade... e o lugar de onde viemos, as pessoas que fazem parte disso parecem ficar ali, paradas, a espera... assusta-me perceber o quanto mudei e o quanto não sei encaixar-me novamente...

Não posso e não quero voltar a vida de Lisboa, é inexplicável o tanto que vivi em pouco mais de um ano lá, parece que na verdade foram 10 anos da minha vida "normal" rs... sinto falta de algumas pessoas, lugares, momentos... mas já foi!

Tenho agora que aprender a viver aqui, não é reaprender, pois mudei, então tudo mudou aos meus olhos... não quero encaixar-me, voltar ao que era, quero trazer o que fez-me crescer para esta vida também!

Isso tudo que escrevi parece loucura... mas que coisa! É tudo a mesma vida sua parva!!! hahaha

Sei que tudo isso faz parte de mim, mas Lisboa foi uma parte de mim que eu não sabia que existia até chegar lá, e é essa parte que quero trazer para cá, para o presente, o futuro...

Afinal é isso, quero ser e quero que toda gente veja o que sou agora! Sou eu, a mesma, mas ao mesmo tempo uma outra... e atentem pra o que vou escrever: sou a mesma e sou uma outra muito, mas muito melhores!

hahaha

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sem medo de ter medo

Eu ia...
ia porque já tinha combinado,
ia porque ja estava tudo pago,
ia também porque lá é lindo,
ia pois todo mundo disse que tinha que ir,
ia porque se não fosse seria fraca, boba, burra,
ia porque se não fosse ia me arrepender depois,
ia para não atrapalhar as outras pessoas...
Enfim, eu ia por uns 1000 motivos muito relevantes.
Eu não fui...
não fui porque tive medo,
não fui pois era diferente, desconhecido,
não fui porque não senti segurança,
não fui porque tive pânico,
não fui para não ficar sozinha,
não fui principalmente porque não Queria ir!!!
Não são motivos relevantes... são apenas os meus motivos
É libertador poder respeitar minha vontade, independente de tudo, do dinheiro, das pessoas, do pré-estabelecido...
Sei que vou arcar com consequências mais tarde, talvez até me arrepender... mas por agora, tou mesmo é feliz, aliviada, leve...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Em boa companhia







Passei a última semana viajando, fiquei 4 dias em Madri, passei um dia em Toledo e mais 4 em Barcelona. Viajei sozinha e em cada lugar que chegava as pessoas perguntavam: viajando sozinha?
Senti-me quase uma criminosa..rs, não vê-se muitas mulheres viajando sozinhas, sempre vejo algumas japonesas, chinesas e até conheci uma vietnamita que estava sozinha, mas a maioria dos viajantes solitários são homens...
Confesso que senti o peso da solidão no início da viagem, pois começava a ver um mundo novo e incerto para mim e não tinha com quem dividir isso... acho que toda gente tem fases, e eu estava em uma que não suportava a solidão, e saibam, sempre lidei muito bem com ela, sempre fui mais forte, mais segura e sempre cresci mais quando estava sozinha, mas desta vez quase não dei conta. Por pouco não comprei uma passagem de volta pra Lisboa e perdi toda a minha viagem com passagens compradas e hostels reservados!
Mas saí dessa, como sempre saio, mesmo que na hora sempre pense que dessa vez nunca mais passa... sempre passa!
Me armei em forte e fui conhecer Madri sozinha, e gostei!!! Ninguém me dizendo o que fazer, sem horários estabelecidos, sem roteiros, sem rumo nenhum mesmo!
Fui caminhando pelas "calles" e vendo tudo, percebendo o lugar, as pessoas... e quando apetecia-me entrava num museu, ou num outor lugar interessante... comia o que queria e na hora que desse na cabeça... não senti-me obrigada a conhecer nada, se resolvesse entrava numa loja ou no cinema e pronto! Isso foi libertador... estava por minha conta, sem trabalho, sem prazos, sem cobranças.
Fui pra Toledo no meio da tarde e rodei por lá até dar a hora do último trem pra Madri, quando cheguei fui direto pra uma lan descarregar fotos. Entrei no msn e os amigos diziam: "menina, vai passear sai do computador"! e eu pensava: "não, estou por minha conta, faço o que quizer!!! quero estar aqui agora e vou ficar"! rsrsrsrs
Por isso, cheguei mais serena a Barcelona, esperando pela solidão novamente, mas lá surpresa! Conheci muita gente, estive muito tempo acompanhada e foi legal! Mas na hora que dava na telha inventava um desculpa e sumia! Ia rodar sozinha... gostei da sensação de não conhecer ninguém, de ninguém saber de mim, de estar ali sem função, sem objetivo, só fazendo o que vinha na mente no exato momento...
Mas isso não é bom pra sempre, e estou feliz de estar de volta a Lisboa, em casa, sem dividir quarto e banheiro com um monte de estranhos, alguns tão insanos quanto eu!
Bem, a minha meta ao vir pra cá fazer mestrado está se cumprindo, estou a cada dia descobrindo coisas sobre mim, sobre os outros, e estas coisas não param de vir a tona, parece que nunca vão cessar... estou crescendo, não sei quando serei mestre em algo, mas a cada dia sou mais mestre de mim...